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ETERNAL LOVE - MY LAND - MY LOVE
Earth drizzle, a city that does not stop, the main financial center of the country's most populous municipality ... These are just a few adjectives that try to highlight some of the qualities of the metropolis. In this Jan. 25, the Jovem Pan tried to find out: what is typical of São Paulo?
Indians, Portuguese, Italian, Japanese, Germans, Jews, Arabs, Spaniards, Lebanese, Northeastern, Korean, Bolivians, Haitians ... The most multicultural city in Brazil has this vocation since the nineteenth century, when the first immigrants came to the city. Attracted by coffee and then by the industry, they were responsible for the explosion
In 1872, São Paulo had just over 31,000 inhabitants and almost 30 years later, in 1900, that number has reached 240,000. But what sets São Paulo to other Brazilian cities?
Professor at USP and the Historical and Geographical Institute of São Paulo, Jorge Cintra, explains: "A lot of gaucho traditions came from São Paulo, Paraná was also born in São Paulo. That extract that left here and went to other states through flags, gold search for Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás Cuiabá. Then there is a scattering of São Paulo and that reception of diverse cultures. "
And what some inhabitants of Sao Paulo think about the city they live in? The monitor Japanese Immigration History Museum, Paul Takeda says that Sao Paulo is the city that provides opportunities: "Our Japanese colony developed from the city of São Paulo and had many contributions to Brazilian society. So I think Sao Paulo is a metropolis that has created opportunities for many nations. "
For the artistic director of Northeastern Traditions Center, the Maranhão Lucélia Pereira, São Paulo is the city which hosts: "São Paulo is a city that welcomes everyone. Where you will have Piauí, Maranhão has, in any place that you are always a northeastern ".
But the rabbi of the Jewish Congregation Paulista, Michel Schlesinger, São Paulo is the ecumenical city: "The peaceful life that exists in this city between the different religions. I have friends of all religions and we have the possibility in Sao Paulo each exercise your faith, your beliefs respecting the beliefs of others. "
Despite the positive aspects, São Paulo has many problems yet to be faced. The journalist and writer, Moacir Assumption, remember that the state capital can be more human: "We need to establish a peaceful coexistence principle, a friendly coexistence, make the city more human. Certainly we can not plant trees in a place with so many buildings, but can plant around. We can achieve closer relations between the people, so that the neighbors greet, find themselves becoming friends, live together. I think what is missing in Sao Paulo is this thing to get humanize the city. "
Even with different views, all agree that the state capital lives up to phrase that is in the coat: non ducor, duco. The Latin phrase expresses the strength of São Paulo, I am not led, I lead.
TECLA SAP
Sampa
BAIRRO DA LIBERDADE
TECLA SAP
AMOR
ETERNO - MINHA TERRA - MEU AMOR
Terra da garoa, cidade que não para, principal centro financeiro do
país, município mais populoso... Estes são apenas alguns adjetivos que tentam
ressaltar um pouco das qualidades da metrópole. Neste 25 de janeiro, a Jovem Pan tentou descobrir: qual é a cara de
São Paulo?
Índios, portugueses, italianos, japoneses, alemães, judeus, árabes,
espanhóis, libaneses, nordestinos, coreanos, bolivianos, haitianos... A cidade
mais multicultural do Brasil tem essa vocação desde o século XIX, quando os
primeiros imigrantes chegaram à cidade. Atraídos pelo café e depois pela
indústria, eles foram os grandes responsáveis pela explosão
Em 1872, a capital paulista tinha pouco mais de 31
mil habitantes e quase 30 anos depois, em 1900, esse número já chegava a 240
mil. Mas o que diferencia São Paulo de outras grandes cidades brasileiras?
O professor da USP e do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo,
Jorge Cintra, explica: “Muitas tradições gaúchas vieram de São Paulo, o Paraná
também nasceu em São Paulo. Aquele extrato que saiu daqui e foi para outros
estados através das bandeiras, da pesquisa do ouro, para Minas Gerais, Mato
Grosso, Goiás Cuiabá. Então há um espalhamento de São Paulo e essa recepção de
diversas culturas”.
E o que alguns habitantes de São Paulo pensam sobre a cidade que vivem?
O monitor do Museu Histórico da Imigração Japonesa, Paulo Takeda, diz que São
Paulo é a cidade que proporciona oportunidades: “A nossa colônia japonesa se
desenvolveu a partir da cidade de São Paulo e teve muitas contribuições para a
sociedade brasileira. Então acho que São Paulo é uma metrópole que criou
oportunidades para várias nações”.
Para a diretora artística do Centro de Tradições Nordestinas, a
maranhense Lucélia Pereira, São Paulo é a cidade que acolhe: “São Paulo é uma
cidade que acolhe todos. Aonde você vai tem piauiense, tem maranhense, em
qualquer lugar que você for sempre tem um nordestino”.
Já o rabino da Congregação Israelita Paulista, Michel Schlesinger, a
capital paulista é a cidade ecumênica: “O convívio pacífico que existe nessa
cidade entre as diferentes religiões. Tenho amigos de todas as religiões e
temos a possiblidade em São Paulo de cada um exercitar a sua fé, as suas
crenças respeitando a crença do próximo”.
Apesar dos aspectos positivos, São Paulo tem muitas dificuldades que
ainda precisam ser enfrentadas. O jornalista e escritor, Moacir Assunção,
lembra que a capital paulista pode ser mais humana: “A gente precisa
estabelecer um princípio de convivência pacífica, uma convivência amigável,
tornar a cidade mais humana. Certamente a gente não pode plantar árvores em um
lugar com tantos prédios, mas pode plantar em volta. A gente pode conseguir
estabelecer relações mais próximas entre as pessoas, de forma que os vizinhos
se cumprimentem, se vejam se tornem amigos, convivam. Acho que o que falta em
São Paulo é essa coisa de conseguir humanizar a cidade”.
Mesmo com visões diferentes, todos concordam que a capital paulista faz
jus à frase que está no brasão: non ducor, duco. A frase latina expressa a
força de São Paulo: Não sou conduzido, conduzo.
Reportagem: Anderson Costa
A história da cidade de São
Paulo ocorre paralelamente à história
do Brasil, ao longo de aproximadamente 462 anos de sua existência,
contra os mais de quinhentos anos do país. Embora tenha
sido marcada por uma relativa inexpressividade, seja do ponto de vista político ou econômico, durante
os primeiros três séculos desde sua fundação, São
Paulo destacou-se em diversos momentos como
cenário de variados e importantes momentos de ruptura na história do país.
São Paulo surgiu
como missão jesuítica, em 25
de janeiro de 1554, reunindo em seus primeiros territórios habitantes de origem tanto européia quantoindígena.
Com o tempo, o povoado acabou caracterizando-se como entreposto comercial e de serviços de
relativa importância regional. Esta característica de cidade comercial e de composição heterogênea vai acompanhar a cidade em toda a
sua história, e atingirá o seu ápice após o espetacular crescimento demográfico
e econômico advindo do ciclo do café e da industrialização,
que elevariam São Paulo ao posto de maior cidade do país.
Período
colonial
Antecedentes
Em 1532, Martim Afonso de Sousa funda, no litoral
paulista, a primeira vila brasileira, São Vicente. Donatário da capitania de São Vicente, Martim Afonso incentiva a
ocupação da região e outras vilas são criadas no litoral (Itanhaém, 1532;Santos, 1546). Poucos anos
depois, vencida a barreira representada pela serra do Mar, os
colonizadores avançam peloplanalto Paulista,
estabelecendo novos povoados. Em 1553, João Ramalho, que
vivia no planalto desde antes da criação de São Vicente, funda a vila de Santo André da Borda do Campo, situada no caminho do mar (atual região do ABC paulista).
Explorador português, João Ramalho era casado com a índia Bartira, esta, por
sua vez, filha do cacique Tibiriçá, chefe da
tribo dos guaianases.
Encontrava-se, dessa forma, apto a exercer a função de intermediário dos
interesses portugueses junto aos indígenas.
Fundação
Fundação de São Paulo, 1913. Pintura de Antônio Parreiras.
Interessado em
estabelecer um local onde pudesse catequizar os indígenas longe da influência dos homens brancos[1] , o padre Manuel
da Nóbrega, superior da Companhia
de Jesus no Brasil, observou que uma região
próxima, localizada sobre um planalto, seria o ponto ideal, então chamado de
Piratininga. Em 29 de agosto de 1553 padre Nóbrega
realizou 50 catecúmenos entre os nativos, o que fez aumentar a vontade de
fundar um colégio jesuíta no Brasil Embora a busca da catequese sem a
influência do homem branco fosse um objetivo, o que precipitou a mudança para o
planalto foi a necessidade de resolver o problema de alimentação dos indígenas
que estavam sendo doutrinados, como afirma o padre Anchieta .:
Para sustento destes meninos, a farinha
de pau era trazida do
interior, da distância de 30 milhas. Como era muito trabalhoso e difícil por
causa da aspereza do caminho, ao nosso Padre (Padre Manuel
da Nóbrega) pareceu melhor no Senhor mudarmo-nos para esta
povoação de índios, que se chama Piratininga.
|
— Pe. Anchieta
|
Em janeiro de 1554, um grupo de jesuítas, comandado
pelos padres Manuel da Nóbrega e José
de Anchieta, chega ao planalto, auxiliado por João
Ramalho. Com o objetivo de catequizar os índios que viviam na
região, os jesuítas erguem um barracão de taipa de pilão, em
uma colina alta e plana, localizada entre os rios Tietê, Anhangabaú e Tamanduateí,
com a anuência do cacique Tibiriçá, que
comandava uma aldeia de guaianases nas proximidades. Em 25 de janeiro daquele ano, dia em que se comemora a conversão do apóstolo
Paulo, o padre Manuel de Paiva celebra a primeira missa na colina. A
celebração marcou o início da instalação dos jesuítas no local, e entrou para a
história como nascimento da cidade
de São Paulo. Dois anos depois, os padres erguem uma igreja – a primeira edificação duradoura do povoado. Em seguida, ergueram o colégio e o pavilhão com os aposentos. Destas construções originais, resta
apenas uma parede de taipa, onde hoje encontra-se o Pátio
do Colégio.
Ao redor do colégio
formou-se uma pequena povoação de índios convertidos, jesuítas e colonizadores.
Em 1560, a população do povoado seria
expressivamente ampliada, quando, por ordem de Mem de Sá, governador-geral da colônia, os habitantes da
vila de Santo André da Borda do Campo são transferidos para os arredores do colégio. A vila de Santo André é extinta, e o povoado é elevado a esta categoria, com o
nome de "Vila de São Paulo de Piratininga". Por ato régio é criada,
no mesmo, ano, sua Câmara Municipal, então chamada "Casa do
Conselho". É provavelmente nesse mesmo ano de 1560 que é criada a
"Confraria da Misericórdia de São Paulo" (atual Santa Casa de Misericórdia).
Em 1562, incomodados
com a aliança entre guaianases e portugueses, os
índios tupinambás, unidos
na Confederação dos Tamoios, lançam uma série de ataques
contra a vila em 9 de julho, no episódio conhecido como Cerco
de Piratininga. A defesa organizada por Tibiriçá e João Ramalho
impede que os tupinambás entrem em São Paulo, e os obriga a recuar, em 10 de julho do mesmo ano.
Ainda em 1590, com
a iminência de um novo ataque a cidade novamente se prepara com obras de
defesa, e é claro que nesse ambiente cheio de incertezas a prosperidade se
torna impossível. Mas na virada do século XVII a situação se acalma e se
consolida o povoamento, nas palavras de Alcântara Machado:
Afinal, com o
recuo, a submissão e o extermínio do gentio vizinho, mais folgada se torna a
condição dos paulistanos e começa o aproveitamento regular do chão. Deste,
somente deste, podem os colonos tirar sustento e cabedais [bens materiais]. É
nulo, ou quase nulo, o capital com que iniciam a vida. Entre eles não há
representantes das grandes casas peninsulares [famílias do Reino], nem da
burguesia dinheirosa. Certo que alguns se aparentam com a pequena nobreza do
reino. Mas, se emigram para província tão áspera e distante, é exatamente
porque a sorte lhes foi madrasta na terra natal. Outros, a imensa maioria, são
homens do campo, mercadores de recursos limitados, artífices aventureiros de
toda casta, seduzidos pelas promessas dos donatários ou pelas possibilidades com que lhes acena o continente novo[6] .
Desde o início, a
ocupação das terras da cidade se deu de forma policêntrica, com diversos aldeamentos,
principalmentejesuítas mas também de outras ordens eclesiásticas, em torno das quais
iniciavam-se as aglomerações. A motivação mais natural para isso, em São Paulo,
era o relevo da cidade, com muitos aclives e riachos. A organização urbana, da
mesma forma que em toda a colônia, era centrada, administrativa e
eclesiasticamente, nas paróquias. Cada
paróquia era centrada em uma capela.
A primeira paróquia
foi, naturalmente, a Freguesia da Sé, fundada em 1589. Conforme os demais núcleos foram
crescendo, eles desmembraram-se, com novas capelas ganhando status de paróquia.
As paróquias desmembradas do centro foram :
·
1796, 26 de
março: Paróquias de Nossa Senhora do Ó e Penha
de França, ambas distantes cerca de 10 km do centro;
·
1809, 21 de abril: Paróquia da Santa Ifigênia, mais próxima mas
naturalmente separada pelo rio Anhangabaú;
·
1812, 21
de outubro: Paróquia de São Bernardo, que no ano seguinte (1813, 9 de novembro) foi
ainda elevado a distrito;
·
1818, 8 de junho: Paróquia do Brás, também mais próxima, mas
naturalmente separada pelo rio
Tamanduateí.
Além dessas, houve
diversos aldeamentos mais distantes. Dentre eles, apenas dois prosperaram: o de Pinheiros e o deSão
Miguel, ambos fundados por José
de Anchieta em 1560. Diversos aldeamentos foram dizimados
pela varíola, dentre os
quais podemos citar: Itaquaquecetuba, Mboy, Itapecerica, Barueri, Guarapiranga, Carapicuíba, Ibirapuera eGuarulhos
São desta época os
primeiros caminhos: o que ia ao Campo do Guaré (hoje chamado bairro da Luz) tornou-se a atualFlorêncio de Abreu. Os outros dois dariam
origem às hoje denominadas rua 15 de Novembro e rua Direita.
Também no século
XVI são fundadas novas igrejas: a Matriz,
em 1588 (primeiro protótipo
da Sé paulistana), a de Nossa Senhora do Carmo,
de 1592 (demolida em 1928), a Igreja de Santo Antônio (ainda hoje na Praça
do Patriarca), e a capela de Nossa Senhora da Assunção, por volta de
1600 (que daria origem ao atual Mosteiro de São Bento). Um viajante chegando à cidade
nas primeiras décadas do século XIX veria algo como:
Depois de ultrapassar a Igreja da Penha sobre sua pequena colina, ele
descortinaria, ao longe, o sítio inteiro da cidade. Sobreposta sobre outra
colina, São Paulo apareceria-lhe dominado pelas torres de suas oito igrejas,
seus dois conventos e seus três mosteiros. Era ainda necessário caminhar
quase nove quilômetros, atravessar o pequeno aglomerado formado em torno da
Igreja do Brás, passar o sítio pantanoso do Carmo, cruzar a ponta lançada
sobre o Riacho do Tamanduateí para chegar afinal ao centro urbano
|
A base da
alimentação nos primeiros tempos era formada pela canjica, ensinada
pelo índio, e o angu de fubá ou de farinha de milho e de mandioca. Convenientemente que esses
alimentos não precisavam de sal, que naquela época era raro. A mandioca, que
era o principal alimento no início do aldeamento, foi aos poucos sendo superada
pelo milho. O trigo, embora desse bem na região, não foi muito utilizado no
início - apenas para hóstias e bolinhos - devido a facilidade de se obter a
mandioca e o milho. Apenas nos primeiros anos do século dezessete que se
iniciou uma produção maior de trigo, com pelo menos cinquenta plantadores de
trigo no planalto e diversas licenças da Câmara para os moradores fazerem seus
próprios moinhos. Além desses alimentos-base, poderia-se encontrar frutas
bravas e selvagens, palmitos e outros alimentos encontrados nas roças dos
índios , bem como muitas frutas européias
como maçãs, pêssegos, amoras, melões e melancias. A cultura da vinha também teve desenvolvimento nos primeiros anos, sendo que se encontrava
sempre muito vinho na vila, a não ser quando os comerciantes espertos tentavam
o açambarcamento. Esses vinhos muitas vezes eram
utilizados como remédio, servindo de veículos para plantas medicinais. O mesmo
se dava com a cachaça que era produzida na região
Estudo da Partida da Monção, 1897. Pintura de Almeida Júnior.
No século
XVII, as atividades econômicas da vila limitavam-se quase que
exclusivamente à agricultura de subsistência. A produção e exportação deaçúcar não tinha grande desenvolvimento, embora crescessem outros cultivos nos
arredores da vila, como o de trigo, mandioca e milho, além da criação degado. Não obstante,
São Paulo permanecia como um núcleo de povoamento pobre e isolado das áreas
mais dinâmicas da colônia. Assim, já nas primeiras décadas do século, os
paulistas começaram a organizar as bandeiras – grandes expedições que partiam em direção aos sertões inexplorados da
colônia, em busca de mão-de-obra indígena, pedras e metais preciosos. Em pouco tempo, os bandeirantes se tornariam os grandes responsáveis pela ampliação dos limites das fronteiras da colônia, incorporando ao território do Brasil inúmeras áreas que, de acordo com oTratado de Tordesilhas, pertenciam à Espanha.
Os bandeirantes se
tornariam figuras centrais na história política de São Paulo no século XVII, e
a autoridade local dos exploradores por vezes sobrepujava os interesses da Igreja
Católica e da própria coroa portuguesa. Em 1640, a forte
oposição dos jesuítas à captura e comercialização da mão-de-obra indígena
promovida pelos bandeirantes levou a uma série de conflitos entre os dois
grupos, que culminariam, em 13 de julho daquele ano, com a expulsão dos jesuítas de São Paulo, medida que teve
apoio dos comerciantes da vila. Os jesuítas só obteriam permissão para retornar
a São Paulo em 1653.
Aclamação de Amador Bueno, 1909. Pintura de Oscar Pereira da
Silva.
É também na vila de
São Paulo que se registra, no mesmo ano de 1640, o primeiromovimento
nativista do Brasil, a chamada "Aclamação de Amador Bueno". Com o fim da Guerra da Restauração, em que Portugal restabeleceu sua independência política da Espanha, os moradores de São
Paulo, principalmente bandeirantes e comerciantes, temiam ser prejudicados, já
que haviam se beneficiado economicamente do contrabando de índios na região do rio da Prata durante as décadas em que vigorou a União
Ibérica. Como forma de protesto, declararam São Paulo reino
independente, e Amador Bueno, capitão-mor,
rico morador da vila e irmão do bandeirante Francisco Bueno, é
aclamado como rei. Amador Bueno, no entanto, rejeita o
título e jura fidelidade à coroa portuguesa, encerrando o levante.
Em um primeiro
momento, a concentração da atividade bandeirista em São Paulo fomentou, ainda
que de forma tímida, a atividade econômica da vila, que ensaia exercer, pela
primeira vez, a posição de entreposto comercial. Alguns bandeirantes,
enriquecidos com o comércio de escravos indígenas, faziam benfeitorias na vila. Fernão Dias, eleito juiz ordinário e presidente da Câmara
Municipal, por exemplo, doou aos monges
beneditinos os recursos necessários para a
reconstrução do Mosteiro de São Bento. Outras ordens religiosas se
instalariam na cidade no século XVII, como os franciscanos, que em 1647 haviam inaugurado oconvento (demolido em 1932, para dar lugar à Faculdade de Direito) e a igreja de São Francisco, no largo
homônimo.
A corrida pelo ouro
Divisão administrativa do Brasil após
a Guerra dos Emboabas.
Estrategicamente
localizada defronte os principais caminhos para o interior, e banhada pelo rio Tietê (cujo curso natural servia de caminho ao interior da capitania e à atualregião
Centro-Oeste), São Paulo converteu-se no principal centro do
movimento bandeirante, especialmente a partir da década de 1660. Foi da vila
que partiram as históricas expedições de Fernão
Dias Pais, Antônio Raposo Tavares, Domingos
Jorge Velho e de Bartolomeu Bueno da Silva, entre outras.
Em 1690, os
bandeirantes paulistas descobriram ouro no "Sertão do
Cuieté", atual estado de Minas Gerais.
Repetiriam o feito alguns anos mais tarde, em Mato Grosso eGoiás. Primeiros a
explorar e ocupar o território mineiro, os paulistas logo enfrentariam a
concorrência de luso-brasileiros de outras regiões da colônia, culminando no
conflito denominado Guerra
dos Emboabas. A descoberta paulista despertou pela primeira vez a
atenção do reino português sobre a vila, já que São Paulo, a essa altura, não
apenas concentrava a partida das expedições, mas também tornara-se o núcleo
principal de irradiação das correntes de povoamento que se dirigiam para Minas
Gerais e, posteriormente, para o Mato Grosso e Goiás. Como conseqüência, em1709, São Paulo substitui São Vicente como
sede administrativa da capitania (que tem seu nome alterado para Capitania de São Paulo e Minas de Ouro). Em 1711, São Paulo é
elevada a cidade. Conta nesse
ano 9 mil habitantes. Em 1745, torna-se sede de bispado autônomo, separando-se da diocese do Rio de Janeiro.
Embora a corrida
pelo ouro de Minas tenha enriquecido muitos desbravadores paulistas, o efeito
sobre a cidade foi o oposto. O esvaziamento populacional empobreceu São Paulo,
que assistiu a um longo período de estagnação em seu crescimento econômico. Com
o esgotamento das jazidas mineiras, na segunda metade do século
XVIII, a situação se agrava, e muitos paulistas retornam aos seus
locais de origem. A cidade recebe novo fluxo populacional e tenta reorganizar
sua atividade econômica.
O ciclo do açúcar[
O Mosteiro da Luz, em fotografia de 1867.
O governo paulista
passa a desenvolver um plano de fixação de suas populações em áreas exploradas
da capitania, e começa a fornecer incentivos à lavoura e à indústria. O plantio
da cana-de-açucar é estimulado nas
áreas a sudeste da capital, e grandes fábricas de tecelagem e fundição são instaladas. Em 1792, a abertura daCalçada
do Lorena, importante obra de engenharia do período colonial,
ligando as cidades de São Paulo e Santos, forneceria condições adequadas para o
transporte de açúcar e de outros gêneros alimentícios produzidos no interior da capitania. São Paulo é beneficiada por sua posição geográfica
estratégica, como encruzilhada natural das vias de circulação entre o interior
e o litoral da colônia. Afirma então seu papel de centro comercial, através do
qual se fazia o escoamento da produção, rumo ao porto de Santos.
De forma ainda
intermitente, São Paulo começa a prosperar, e novas edificações são erguidas.
Em 1750, com a expulsão dos jesuítas do Brasil, dessa vez por determinação do marquês
de Pombal, os bens da ordem são confiscados. A igreja
dos jesuítas, reconstruída no início do século XVIII, é transformada
em sede da administração da capitania (agora, já separada de Minas Gerais e
renomeada Capitania de São Paulo). Em 1765, é fundada a Casa de
Ópera do Pátio do Colégio, primeiro teatro da cidade, e em 1775 é inaugurado o Cemitério dos Aflitos, primeira necrópole paulistana, destinada ao enterro de pobres, escravos e condenados à
forca. Também do século XVIII são o Mosteiro da Luz(recolhimento
de religiosas construído em taipa de pilão, a partir do projeto de Frei Galvão, de 1774) e a Igreja das Chagas do
Seráfico Pai São Francisco (1787), entre outros. Em 1798, a cidade
inaugura seu Jardim
Botânico (atual Jardim da Luz).
Ainda no fim do século XVIII, por iniciativa do marechal José Arouche de Toledo Rendon, os limites urbanos da
cidade são expandidos, com a abertura da rua
São João e da ponte do Marechal, sobre o rio
Anhangabaú. Começa a ser formado o Campo do Curro, atual Praça da República.
Período
imperial
O primeiro reinado e
a Faculdade de Direito
Independência ou Morte!, 1888. Pintura de Pedro Américo.
Durante a maior
parte de todo o século XIX, São
Paulo preservaria as características de uma cidade provinciana, mas vê
crescerem suas possibilidades de desenvolvimento após a transferência da Família Real Portuguesa para o Rio de Janeiro. A abertura dos portos às nações amigas,
decretada por Dom João VI em 1808, dá novo alento à economia do litoral paulista, ao passo que
interior da capitania continua a registrar relativa prosperidade com a
plantação da cana-de-açúcar. A capital, situada em meio à rota obrigatória para
o escoamento da produção do açúcar, assiste ao desenvolvimento do comércio.
Cresce a
importância política da capitania (que se torna província em 1821), e a cidade de São Paulo serve de palco para acontecimentos de
grande importância na história
do país. Entre os mais destacados nomes da campanha pela
independência brasileira figurou um paulista, José Bonifácio de Andrada e Silva. E foi na capital
paulista, à margens doriacho
do Ipiranga, que Dom Pedro I proclamou a independência do Brasil. Também vivia na cidade a
mais célebre amante do imperador, a marquesa
de Santos. Após a independência, São Paulo recebeu o título de
"Imperial
Cidade", outorgado por D. Pedro I em 1823.
A Faculdade de Direito, instalada no
antigo Convento de São Francisco.
Em 1825, é criada a Biblioteca Pública Oficial de
São Paulo, a primeira da província. Em 1827, é lançado o primeiro periódico da cidade, O
Farol Paulistano. Em 1828, é inaugurada a Faculdade de Direito do Largo São Francisco.
Trata-se da mais antiga instituição de ensino jurídico do país, ao lado da Faculdade de Direito de Olinda, ambas instituídas por
decreto imperial de 1827. Após a instalação da faculdade, a cidade recebe o
título de "Imperial Cidade e Burgo dos Estudantes de São Paulo de Piratininga".
O conseqüente afluxo de mestres e estudantes ocasiona uma radical mudança no
cotidiano da cidade. Além de demandar a construção de hotéis, restaurantes e
núcleos artísticos, a aglomeração de acadêmicos enriquece a vida cultural paulistana. Ao longo da história, a faculdade (incorporada à USP em 1934)
tornaria-se responsável pela formação de parte considerável da elite
intelectual e política brasileira, e seu edifício (instalado no local do antigo
convento de São Francisco) foi palco de atos e manifestações públicas
relacionadas a inúmeros fatos da vida
política do país.
Em 1830, o jornalista Libero
Badaró, escritor do liberal Observador Constitucional (segundo periódico mais antigo da cidade, fundado em 1828), escreve
artigo comentando sobre a Revolução
de 1830, na França, que levou à
deposição deCarlos
X, em que exortava os brasileiros a seguirem o exemplo dos
franceses. Logo em seguida, estudantes da Faculdade de Direito realizam
manifestações públicas de apoio às idéias republicanas expressas no artigo do jornalista, e são ameaçados legalmente. O
Observador Constitucional abre campanha em favor dos estudantes, e os ânimos se
exaltam. Em 20 de novembro deste mesmo ano, Líbero Badaró é assassinado em uma emboscada. A
repercussão na cidade foi imediata: cinco mil pessoas comparecem ao enterro, e
o clamor por justiça leva à prisão do ouvidor Cândido Japiaçu, acusado de envolvimento no assassinato. A consequência
principal do episódio é o reforço ao desgaste político de Dom Pedro I, que por
esta e por outras razões, renuncia ao trono no ano seguinte.
O segundo reinado e o
ciclo do café
São Paulo em 1821. Aquarela de Arnaud Julien
Pallière, representando a Várzea do Carmo.
Desde as primeiras
décadas do século XIX, a queda dos preços do açúcar nos mercados internacionais
havia motivado o cultivo do café no Brasil. Vindo do Rio
de Janeiro, o café começou a ser extensivamente cultivado em São
Paulo, sobretudo na região do Vale
do Paraíba. Em 1850, o café já era o principal produto exportado por São Paulo. Do Vale do Paraíba, os cafezais se espalharam pelasterras roxas do oeste paulista, antes ocupadas com a cana-de-açúcar (Rio Claro, Campinas e Jaú), enriquecendo a província. A partir doreinado de D. Pedro II,
a cidade ganha novo impulso com o desenvolvimento da economia cafeeira: os
setores de comércio e de serviços aumentam consideravelmente e observa-se a formação de uma expressiva burguesia.
Muitos fazendeiros prosperam, com lucros provenientes da utilização do trabalho assalariado
e do emprego de mão-de-obra imigrante. A
abundância de recursos financeiros propicia a realização de grandes
investimentos, a maior parte custeada pela iniciativa
privada. São abertas várias ferrovias,
interligando a cidade de São Paulo às principais áreas produtoras da província
e ao porto de Santos: a
primeira é a São
Paulo Railway, inaugurada em 1867, à qual se segue aEstrada de Ferro Sorocabana, entregue em 1870.
No primeiro censo
nacional, realizado em 1872, São Paulo contabilizava 31.385
habitantes. A cidade ganha casas exportadoras e vários bancos de financiamento. Sua
fisionomia começa a mudar: o casario baixo e acanhado começa a ceder lugar a
edificações maiores e tipicamente urbanas. Com vistas a garantir a salubridade,
é inaugurado, em 1858, oCemitério da Consolação, o mais antigo em
funcionamento da cidade. Em 1865, é fundado o Teatro
São José. Em 1872, são instalados os serviços de abastecimento de água, esgoto e iluminação
a gás, e é criado o sistema
de transporte combondes de tração
animal. Em 1884, começam a funcionar as primeiras linhas telefônicas.
Para suprir as necessidades educacionais da crescente elite paulistana e
minorar os problemas provenientes da falta de habilitação técnica, a iniciativa
privada inaugura as primeiras instituições de ensino (Instituto Presbiteriano Mackenzie, em 1870; Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, em
1873; Escola Alemã, em 1878).
A Estação da Luz em 1900:
símbolo da prosperidade trazida pelo café.
Após a década
de 1880, o café teve nova valorização internacional. Os fazendeiros
paulistas, entretanto, tinham de lidar com o problema da escassez de
trabalhadores. Após a promulgação da Lei Eusébio de Queirós e a consequente
abolição do tráfico
negreiro, ocorrida em 1850, os escravos negros tornaram-se escassos
e cada vez mais caros. Para substituí-los, começaram a chegar os imigrantes,
sobretudo italianos. Um número significativo desses imigrantes
fixou-se na própria capital, empregando-se nas primeiras indústrias que se
instalavam nos bairros do Brás e da Mooca, a partir de investimentos provenientes
dos lucros obtidos pelos empresários do setor cafeicultor. Em 1882, é fundada a Hospedaria dos Imigrantes, a princípio no Bom Retiro (1882) e
posteriormente na Mooca (1885).
A riqueza proveniente
dos cafezais e de uma indústria ainda incipiente sustentou a liderança paulista no movimento
republicano. Em 1873, realiza-se em Itu a primeira
convenção republicana do Brasil, e é criado o Partido Republicano Paulista (PRP), que utilizará o periódico Correio
Paulistano como veículo oficial. Com a extinção
da escravidão após a promulgação da Lei Áurea, em 1888,
os fazendeiros paulistas exigem indenização pela perda de propriedade. Sem
conseguir, aderem ao movimento republicano como forma de pressão. O império perde sua última base de sustentação
(crises políticas e econômicas iniciadas ou agravadas após a Guerra
do Paraguai já haviam afastado a igreja e os
militares da base de apoio da monarquia) e a república é proclamada no Rio de Janeiro, a 15 de novembro de 1889.
República
Velha
Guilherme Gaensly. Rua Libero Badaró,
sentido Praça do Patriarca, c.1920. Instituto Moreira
Salles, São Paulo.
Com o fim do Segundo
Reinado que a cidade de São Paulo, assim como
o estado de São Paulo, tira
grande proveito da situação e tem crescimento econômico e populacional
fabulosos, fruto da política do café com leite e de mudanças estruturais do federalismo no Brasil pelo estado de São
Paulo, com a ajuda deMinas
Gerais.
O auge do período
do café é representado pela construção da segunda Estação
da Luz (edifício que hoje recebe tal
denominação) no fim do século XIX. Neste
período, o centro financeiro da cidade desloca-se de seu centro histórico
(região chamada de "Triângulo Histórico") para áreas mais a Oeste. O vale
do rio Anhangabaú é ajardinado e a região do outro lado
do rio passa a ser conhecida como Centro Novo. Os melhoramentos
realizados na cidade pelos administradoresJoão
Teodoro Xavier e Antônio da Silva Prado contribuem para o
clima de desenvolvimento: estudiosos consideram que a cidade inteira foi
demolida e reconstruída. Neste período a cidade passa a ser chamada, por estes
estudiosos como a "cidade da alvenaria", visto que o sistema
construtivo adotado passa a ser a alvenaria,
especialmente aquela importada da Europa. Tal mudança altera profundamente a
paisagem da cidade: seus habitantes consideram os estilos arquitetônicos do
período colonial como "antiquados" e "provincianos" e
passam a adotar o ecletismo possibilitado pela alvenaria. O atual edifício da Pinacoteca
do Estado (construído em 1900 para sediar o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo) é
exemplar deste período da cidade.
Século
XX
Mapa da cidade em 1924.
Com o crescimento
industrial da cidade, no século XX, a sua área urbanizada passou a aumentar em
ritmos acelerados, sendo que alguns bairros residenciais foram construídos em
lugares de chácaras. O grande surto industrial se deu durante a Segunda Guerra Mundial, devido à crise na cafeicultura e às restrições ao comércio internacional, o que fez a cidade ter uma
taxa de crescimento muito elevada até os dias atuais.
Atualmente, o
crescimento vem-se desacelerando, devido ao desenvolvimento industrial
verificado em outras regiões do Brasil. A cidade passa por um processo de
transformação em seu perfil econômico, convertendo-se de um centro industrial
para um grande pólo de comércio, serviços e tecnologia, sendo, atualmente, uma
das mais importantes metrópoles do mundo.
PRA
MIM... O MELHOR LUGAR DO MUNDO... É MEU MUNDO. MINHA CIDADE NATAL
AMADA. SAMPA.
Serio... Nao ligo pro caos
Nao ligo pro Vai e Vem Acelerado
Nao ligo pra os imensos arranha-céus
Nao ligo pro friozinho matinal
Nao ligo pro Vai e Vem Acelerado
Nao ligo pra os imensos arranha-céus
Nao ligo pro friozinho matinal
O que eu ligo eh para o descaso
Do transito mal organizado
Dinheiro mal administrado
Povo Quase que Completamente Abandonado
Juventude Descriminada
Infância Desamparada
E o que dizer da Velhice... Essa Deixada, esquececida... Falida
Do transito mal organizado
Dinheiro mal administrado
Povo Quase que Completamente Abandonado
Juventude Descriminada
Infância Desamparada
E o que dizer da Velhice... Essa Deixada, esquececida... Falida
Isso me causa Dor, Da minha Garganta sai um grito de horror
E o que posso eu mudar?
Nada? Claro que não... Posso Denunciar, Protestar e até Apenas falar. Assim fazer pensar os outros que de alguma forma querem ajudar.
E o que posso eu mudar?
Nada? Claro que não... Posso Denunciar, Protestar e até Apenas falar. Assim fazer pensar os outros que de alguma forma querem ajudar.
Boraaa fazer algo de bom e transformar
Terra da garota maravilhosa e acolhedora, de população dedicada e batalhadora, onde tudo se plantando dá. Sugestão vamos plantar a semente da educação, saúde, segurança, igualdade, esperança, fé e lembrança, para que haja a mudança. Lembrança sim, pois memória viva se faz escolha eficaz.
Terra da garota maravilhosa e acolhedora, de população dedicada e batalhadora, onde tudo se plantando dá. Sugestão vamos plantar a semente da educação, saúde, segurança, igualdade, esperança, fé e lembrança, para que haja a mudança. Lembrança sim, pois memória viva se faz escolha eficaz.
Te amo minha Terra da Garoa
Terra de gente trabalhadora
Eitaaa Terra Boaaaaaaaa.
Terra de gente trabalhadora
Eitaaa Terra Boaaaaaaaa.
Parabéns São Paulo pelos seus 462 anos. Dias melhores virão...
Sampa
Alguma
coisa acontece no meu coração
Que só quando cruzo a Ipiranga e Av. São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas
Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e avenida São João
Quando eu te encarei frente a frente e não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes
E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem vende outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso
Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva
Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
Mas possível novo quilombo de Zumbi
E os Novos Baianos passeiam na tua garoa
E novos baianos te podem curtir numa boa
Que só quando cruzo a Ipiranga e Av. São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas
Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e avenida São João
Quando eu te encarei frente a frente e não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes
E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem vende outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso
Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva
Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
Mas possível novo quilombo de Zumbi
E os Novos Baianos passeiam na tua garoa
E novos baianos te podem curtir numa boa
MEU DIA A DIA E TUDO QUE MAIS AMO EM SAMPA
FREGUESIA DO Ó
ZONA NORTE
BAIRRO DA LIBERDADE
BARRA FUNDA
CAPITAL DA GASTRONOMIA - A MELHOR PIZZA DO MUNDO
MEU TIME DO CORAÇÃO
AV PAULISTA - UMA GRANDE PAIXÃO
MEUS TRANSPORTES FAVORITOS - MAIS RÁPIDOS QUE O RODOVIÁRIO. KKK
BAIRRO: LAPA - SP
BAIRRO DA LIBERDADE
O BERÇO DO MEUS RENASCIMENTO - IPIRANGA
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